O desespero da procura de casa numa zona boa da cidade, a troca de sorrisos com as pessoas dos cafés antes de saber falar a língua deles, o percurso de 20 minutos a pé até ao trabalho ao calor ou aos tropeções na neve, os buracos mortais nas ruas, o trânsito caótico, os taxistas que nos levavam de clube em clube e não nos davam troco, a decadência do Bamboo, as
Beres, os crepes de chocolate, a chatice das limpezas aos Domingos porque tinha mesmo de ser, a canseira das visitas, a ida inglória ao supermercado comprar aquilo que não há, o tofu maravilhoso do Mega Image, o jantares e mais jantares lá em casa, as bebedeiras desmedidas, os abraços porque sim porque precisavamos uns dos outros, as viagens de trabalho com o Cotiga, o Café com canha a soar no rádio diariamente, as obras do centro que nunca mais acabam, o Expirat, ai o Expirat..., o Planters, O Office, o Subúrbia, o Green Hours nas noites de Verão, o bar do teatro, o Caru cu Bere, a vista da janela da minha cozinha, as conversas ao jantar com o Rudi e com a Joana, os passeios sozinha pela cidade aos Sábados...
O meu Rudi, a Joana, a minha princesa, o alcoolico do ciganu, o meu Joãozinho, o meu Pedro!
Já não voltam porque não têm de voltar :)