quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Há 2 anos regressei.

Eram perto das duas da manhã quando acabei de fazer a mala para 8 meses de vida emigrante. Ele já dormia ali no sofá.

Do mano despedi-me no intercâmbio sem que se apercebesse que era a última vez que me via por uns largos meses, da mana de fugida porque ambas estávamos com pressa e dos meus pais antes de partirem (eles) para África do Sul numa estadia da mãe. Não tive consciência, acho que nem eles.

5h20m da manhã, a adrenalina da partida foi momentaneamente anestesiada pela emoção da despedida. Sozinha, avião cheio.

240 dias. Estes não se descrevem num post. Vivem-se.

Há dois anos regressei, com uma mala cheia. Há coisas que nunca mais se esquecem. Nunca mais.

Bucuresti . 1 Julho 2008 – 15 Fevereiro 2009


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Força Tiago

Tiago,

O mundial já acabou para nós por isso não tenhas pressa... além disso o Ronaldo não jogou nada! Até o teu paizão joga melhor que ele!

Queremos muito conhecer-te, mas só daqui a umas semanas... Fica aí bem quieto e a engordar, combinado? :)

Até daqui a duas semanas pelo menos!

Beijinhos,
tia

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Saudades que não se matam

Fez 2.ª feira precisamente um ano que estava no ar entre Bucareste e Lisboa. Era a minha última viagem após uma aventura que se inicialmente achava pouco importante no final revelou-se ter sido a experiência mais importante em 29 anos de vida.

Foram oito meses onde arrisco dizer que jamais esquecerei cada momento. Momentos altíssimos, momentos muito baixos! E momentos banais. É isto que distingue uma grande viagem da residência noutro sítio. Se pensar em todos os meses detalhadamente se calhar até foram mais os momentos difíceis do que os fáceis, mas… mas nada. Não há regras. Não há regras. E só vivendo os momentos é que depois podemos, eventualmente, compreendê-los.

Ao contrário do que pensava afinal as pessoas mudam. Para além de se adaptarem, também mudam. E eu mudei.

Agora ficam as saudades, as saudades de cada pedaço daquele país e daqueles momentos.

As únicas saudades que são possíveis de descrever são as dos crepes com chocolate, das aulas de Pilates de outro planeta, das pessoas do Bamboo, da Boulevard Unirii sem fim, dos Domingos de manhã em Bucareste, das noites a acabar no Expirat, do antro do Terminus, do Tiago a adormecer no sofá lá de casa, do Nuno e das beres, da ansiedade de ir buscar as visitas ao aeroporto, de ir ao final do dia ao Mega Image, do tofu do Mega Image!, das meninas do Caru cu Bere, do maravilhoso concerto de Nouvelle Vague, da mansão Unirii, do meu quarto..., de tanta coisa...

As outras são saudades que não se matam indo lá passar um fim-de-semana ou um mês. São saudades que não se matam, ficam connosco, só connosco.


This my excavation and today is kumran
Everything that happens is from now on
This is pouring rain
This is paralyzed

I keep throwing it down two-hundred at a time
It's hard to find it when you knew it
When your money's gone
And you're drunk as hell

On your back with your racks as the stacks as your load
In the back and the racks and the stacks are your load
In the back with your racks and you're un-stacking your load

I've twisting to the sun I needed to replace
The fountain in the front yard is rusted out
All my love was down
In a frozen ground

There's a black crow sitting across from me; his wiry legs are crossed
And he's dangling my keys he even fakes a toss
Whatever could it be
That has brought me to this loss?

On your back with your racks as the stacks as your load
In the back and the racks and the stacks of your load
In the back with your racks and you're un-stacking your load

This is not the sound of a new man or crispy realization
It's the sound of the unlocking and the lift away
Your love will be
Safe with me

Bon Iver


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Oportunidades

Acho que já escrevi um post sobre esta matéria. No entanto, não deixo de pensar no assunto razão pela qual talvez me tenha lembrado de a vir partilhar com o mundo.

Porque razão hão-de ter menos oportunidades culturais os alentejanos, minhotos ou algarvios? Por que razão o concerto de Arctic Monkeys, com casa cheia, teve de ser em Lisboa e não em Évora ou em Faro? Não esgotaria na mesma?

Não consigo entender porque é que continuamos a centralizar a oferta cultural sempre em Lisboa. Não consigo entender. Se os Metallica enchem 2 pavilhões atlânticos não encheriam um estádio em Faro ou Leiria?

Por que razão não existem estúdios de televisão (grandes) fora de Lisboa e do Porto?

Assim é difícil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

xleen a voar

Apetece-me voar mais.
Imagino-me mais além, a crescer, a desenvolver, a pensar ainda mais.

Aqui estou em coma. Respiro, mas com ajuda. Como, mas porque tem de ser.

Falta-me o salto, o salto.

"The scratches of a dark night
The rashes of foresight
And I wanted you
The weight of my freezing
I had come to you
The face I was given
I have no similarities to
The spaces in the law look
Like the faces in a word book
I get by
The matches of opportunities
The last thing I've never seen
And I scream it to you
The pain I was needing
Was sort of true
The one aim I was clearing
Was the walls that grew
The crazes I overlooked
The leans into the kook
And I did
And I was screaming bloody murder
When the charges came
And I stopped by the road side
'Cuz this is from wehere I came
My God but it's so far away
It would seem accidents have gone straight to you
And you've changed your point of view
And the places you're going to
I got Crowded
I get crowded
And I'm so glad that you're mine
It twists up the fabric of time
And I'm useless
And your faces are bodies
And your hands are feet
Let me roll around
In things I can't believe
But I tried
Yes I tried
And I tried
You know I tried"

John Frusciante Scratches

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Qualidade de vida

Em dias em que se fala tanto de qualidade de vida e onde toda a gente insiste em dizer "qualquer dia vou mas é viver para o campo, aí é que se tem qualidade" pergunto-me quais são os padrões de qualidade de vida?

É qualidade de vida uma oferta cultural praticamente nula? Nem sequer ter cinema?

Não compreendo este país, não compreendo :(

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pequenina

Estás prestes a fazer um mês e as festinhas que te dou trazem-me um prazer inexplicável. És igual à tua mãe que por sua vez dizem ser muito parecida comigo e com o Tio. Talvez por isso te sinta como uma extensão de nós os três, uma tripla que adoro e sem a qual não me imagino a viver.

És minúscula e mesmo assim já engordaste 1 Kg deste que saíste da maternidade. As tuas bochechas são boas para dar beijinhos e a tua testa irresistível para dar festinhas. Gostas de cafuné como eu!

Ontem, após 10 dias de férias e por isso sem te ver, peguei-te ao colo quando choravas e cantei-te ao ouvido para que adormecesses. Acredito que não foi o cansaço que te venceu mas sim o carinho que te transmiti, o amor que me dá prazer demonstrar-te e dizer-te baixinho.

Certamente que outros sobrinhos virão e acredito que os adorarei igualmente. No entanto não tenho dúvidas que tu és especial. És a primeira extensão nossa, e sim é nossa! De todos nós! Hás-de ser para sempre a minha pequenina.

Gosto muito de ti.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sonhos

Lembro-me com bastante frequência dos sonhos que tenho. Vejo pessoas, de manhã lembro-me perfeitamente de quem entrou nos sonhos e mais... reconheço rostos de pessoas que nunca vi. Aparecem pessoas nos meus sonhos que eu não conheço, mas que eu gravo as imagens cá dentro.

A maior parte das vezes esses sonhos são só meus pela simples razão de que se não os contar a ninguém ou não os escrever, no prazo de minutos ou uma ou duas horas esqueço-me deles...

Mais uma vez isto aconteceu hoje. Acordei de manhã naturalmente sem pensar em nada. Na habitual viagem de carro nas curvas de Evoramonte lembrei-me do sonho, de quem o protagonizou!

Agora, passado meio dia, acabei de tentar lembrar-me e não consigo, não consigo!

Incrível...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Minha querida

Começo a ficar nervosa. Sei que estás aí quase quase a sair cá para fora.

Já tens alma, pensamento, sentimentos? Já sabes, tenho a certeza, que te esperamos todos com um enorme abraço. No entanto, esta ansiedade para te conhecer a cara, as bochechas, o cabelo está a dar comigo em louca. Não penso noutra coisa senão em ti, e falta tão pouco para te ver.

Nasce quando quiseres que esse será o melhor momento.

Até já minha querida Marta.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009